Querido diário,
Não posso mais te amar na escuridão dos meus
medos.
Estou sozinho nesta desilusão e suplicando
desesperadamente por um pouco de paz.
Preciso da violência de ver você morrer dentro
de mim.
Preciso ir no seu enterro, sem culpa, e colocar
flores no seu túmulo.
Preciso rezar, mesmo que com palavras vazias,
na sua missa de sétimo dia.
Preciso preencher o espaço que você deixou,
com tristeza e dor.
Eu preciso colocar um ponto final.
Eu preciso ser livre novamente.
Leandro Pacheco